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Todos nós temos um sonho. Seja ele grande ou pequeno. Seja uma carreira, uma conquista ou um bem material. Eu sempre tive os meus e vivia imaginando como a vida seria perfeita se conseguisse. Aos 12 anos sonhava com uma cachorrinha, quando fiz 15, a cachorra da minha amiga esperava filhotinhos e bati o pé que queria uma. E ela chegou me trazendo alegrias. Sonhava em fazer uma faculdade, me formar e ser a oradora da turma. Bati o pé que eu queria e consegui. Depois quis passar em um concurso público. Passei. E felizmente nunca parei de sonhar. Sempre quis e precisei de algo para ter que correr atrás. Quis fazer viagens, andar de avião pela primeira vez, comprar alguma coisa nova na qual tive que juntar bastante dinheiro para conseguir.

Viver sem sonhos é como não viver. Não ter um objetivo, algo para querer alcançar. É simplesmente ir passando dia pós dia, mecanicamente, sem sentido. E eu passei um bom tempo assim. Não que não tivesse sonhos, mas a rotina não me permitia seguir. O medo da mudança me travava. A mão de vaca não permitia. Sabe algo que você quer, mas que parece tão longe que você nem vê? Tipo assim, você sabe o que quer mas não faz noção de como é de verdade.

Depois de algumas cabeçadas e frustrações caiu a ficha que estava com sonhos parados. Não apenas um grande, mas aquela viagem que sempre quis fazer e só ficava pensando. Ano retrasado comecei a colocá-los em prática e tudo foi mudando. Viajei mais, comprei minha câmera, estudei fotografia. Ano passado continuei, revivi meu blog, decidi fazer outra faculdade e disse que 2016 seria o ano de realizar os sonhos.

Tudo começou em Maragogi. Na minha viagem a Maceió fui conhecer esse paraíso, que eu particularmente nem achei tão maravilhoso assim, mas foi lá que realizei meu grande sonho: MERGULHAR! Coloquei a mão no bolso, fui morrendo de medo. Fiz o treinamento rápido e me debati na água. A primeira respirada é doída. O oxigênio do cilindro não é o mesmo que a gente respira. Levantei assustada, o rapaz perguntou o que aconteceu e se eu queria tentar de novo. Fui aflita. Lembrei que a moça que foi antes prendeu a respiração um pouco e fiz o mesmo. Tudo doeu, mas continuei. Levantei, falei que estava ok. E estava tranquila pois tinha a garantia de que haveria um mergulhador comigo e se me sentisse mal era só avisar que ele subia comigo. Entrei na fila com muito medo. Na minha vez estava dura. O rapaz me afundou e eu quis subir de volta. Mas fui, era o meu sonho. Dois minutos depois já tinha me acostumado. Maravilhada com um mundo novo que descobria. Era tudo muito perfeito. No final não queria levantar. Não cabia felicidade em mim. Tinha acabado de realizar um sonho. E queria voltar tudo de novo.

Realizar um sonho é isso. É ter medo, fechar os olhos e ir. É se maravilhar com a descoberta, com o mundo novo. Sorrir radiante tipo uma boba-louca.

No momento, meu sonho distante está aqui, a um passo de ser realizado. É uma mistura de todos os sentimentos mais diversos. Não dá pra explicar, só sentir.

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