E o conto escolhido para o mês de Abril do Projeto Clarice-se foi: Uma Galinha.

Nesse pequeno conto, protagonizado por uma galinha que morava no quintal de uma casa prestes a morrer e uma criança interromper esse ato, Clarice me fez refletir sobre duas coisas importantes:

Comer carne – Não sei se já comentei, mas anos atrás eu tentei deixar de comer carne. Sem sucesso, com hipoglicemia, precisei voltar e tive dificuldades em parar. Embora desapontada com o insucesso, eu preciso confessar que gosto e sinto falta. Mas o texto foi todo centrado na própria galinha. Ela era a principal. A família secundária. Clarice conseguiu de uma forma simples descrever o desespero da pobrezinha sabendo que iria virar comida. Deu um nó na garganta em lembrar disso. Animais são espertos, sabem que vão morrer. Dá dó, mas ainda preciso. Não como todos os dias, e não fico querendo provar animais diferentes por diversão ou curiosidade.

Animais de estimação – Era era só uma galinha. Mas tinha sua própria vida. A criança teve pena, todo mundo acabou tendo também. E o animal vira da família e isso está cada vez mais comum. Todos os dias a gente fica sabendo de famílias que criam bichinhos diferentes do que estamos acostumados e os tratam com todo carinho. Minha cachorrinha faleceu tem dois meses e sei a falta que ela faz aqui em casa. A gente acostuma com o carinho recíproco deles, com a alegria, e eles se tornam membros da família. A galinha não percebia esse detalhe. Mas a minha Teca sabia perfeitamente o significava para nós.

E não posso dizer que, hipocritamente o final foi triste. Não vou dar spoiler mas acho que alguém já entendeu.

Desejo um dia conseguir parar de comer carne. Nunca é tarde.

Um beijo grande no coração de cada um de vocês.

Conto retirado do link: Releituras

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