Então hoje é dia de mais um conto do projeto CLARICE-SE! E gente, é dia do conto mais lindo, estou até agora emocionada com tanta beleza, tanta sensibilidade em um texto relativamente pequeno.
Não vou fazer resumo porque acho que o prazer maior está na descoberta, mas ele basicamente conta sobre duas meninas: uma filha do dono da livraria (aparentemente rica) e uma apaixonada por livros (aparentemente pobre). A segunda sonha com livros, sendo ela a narradora do conto.
Para início de conversa, se passa em Recife/PE, uma cidade (um estado, aliás) na minha opinião, banhada de cultura, de cores e alegria. Enquanto lia, ficava imaginando as ruas coloridas e alegres, ainda mais com a menina contando que estava saltitante. Sério, imaginei com bandeirinhas e tudo.
Quando falo em sensibilidade, não apenas pela forma sensível em que a Clarice escreveu o conto, detalhando cada sentimento. Mas também com o próprio enredo.
Fala de amor por livros, alguém que viaja nas histórias, desse prazer em sentar e ler, do mundo maravilhoso que habita no interior de um livro. A menina tinha persistência, mesmo com tamanha hostilidade em que encontrou. Seu amor pela leitura era maior, superava todo e qualquer mal comportamento alheio.
Porque o amor é assim, o desejo, o sonho é assim. Não importa quantas vezes tentem nos privar da felicidade, de realizar nossos desejos, quando a gente quer, a gente consegue, nem que leve tempo. Não há hostilidade que apague qualquer felicidade.
E pra aumentar a fofura do conto, adivinhem qual era o livro tão citado? Siiiim, ele mesmo: Reinações de Narizinho. Querem coisa mais amorzinho?
Aliás, que já leu essa frase aqui:
Pois é, foi retirado desse conto. Acho que agora mais do que antes deu pra ter noção da real sensibilidade dele, né?
Corram, cliquem no link e leiam o conto, é pequeno, é lindo, de uma leitura rápida e emocionante:
Livros são realmente objetos mágicos. E a vontade nos faz ir onde quisermos, essa foi a grande lição que tirei desse conto.
Um beijo no coração de cada um de vocês!