Olááá!! E o Projeto Clarice-se não terminou, continua com tudo em 2018! E iniciemos o ano com o conto 100 anos de perdão, do livro Felicidade Clandestina.

Imagem retirada do Pinterest

100 anos de perdão conta a história de duas crianças, de Recife – PE, que adoravam passear em um bairro nobre da cidade. Em meio a brincadeiras de qual casa era de quem, uma começa a se deliciar em roubar rosas das casas.

E esse “roubo” de rosas é descrito com tanta delicadeza, cada detalhezinho que me fez visualizar tão bem a menina arrancando a flor, se machucando com os espinhos e correndo feliz da vida para casa com o objeto furtado na mão.

Você pode ler o conto completo aqui: 100 anos de perdão!

O mais interessante, depois da belíssima descrição de Clarice, é o fato da narradora ser a própria criança, só que já adulta, relembrando suas aventuras da infância.



Em momentos algum se mostra arrependida de ter furtado as rosas nos jardins, embora tenha ficado aquela incerteza se o que fez estava errado ou não. Por isso 100 anos de perdão, perdão para furtar rosas, pois, por mais errado que possa parecer, foi muito especial para ela.

Senti emoção ao ler o conto, o carinho e prazer da criança em ter uma rosa na mão, colocar em um copo com água e admirar a beleza.

Ao que pareceu, a menina não tinha roseira em casa, talvez nem flores. Tudo o que ela queria era ter um pouco de beleza em sua casa. Algo mais ou menos assim:

  • Por que eles podem ter tantas flores e eu não? Também quero uma para mim!
100 anos de perdão – Clarice Lispector (Imagem do Pinerest)

E assim ela cresceu, com aqueles dias em sua memória, na qual lembrava com muito carinho.

E assim somos nós, querendo “pegar” um pouco da beleza da vida para si. Acredito que, onde quer que iremos, vamos levar um pouco do lugar conosco. E não apenas para a nossa casa física, mas nossa casa interior.

Quem nunca viajou e voltou para casa com alguma coisinha de onde foi? Às vezes até o linguajar rs.

Mas e você, o que achou do conto? Deixe aqui nos comentários. Acha que eu viajei um pouco na maionese? Isso é Clarice, né?

Beijo grande no coração

 


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