Olá! A orelha de Van Gogh, de Moacyr Scliar foi a crônica escolhida do mês de Setembro para resenha!
Quer conhecer meu projeto? Só clicar na categoria Crônica do mês
Ela conta a história de um açougueiro, bem sagaz, que gosta de passar a perna em seus fornecedores. Até um dia, quase em um beco sem saída, descobre que um de seus cobradores é fã incondicional de Van Gogh. Depois de tanto pensar, tomou a decisão: iria oferecer em troca do pagamento a orelha de Van Gogh. Claro que não era do pintor e termina por dar errado toda a sua façanha. A dúvida ficou no ar: será que era a orelha da direita ou da esquerda?
Super dinâmica e com uma pitada generosa de bom humor, A orelha de Van Gogh me fez refletir em alguns aspectos:
Primeiramente, e mais que óbvio, o quanto a gente pode ser criativo para se safar de algum problema ou até mesmo para passar a perna nas pessoas. Podemos usar dela tanto para o bem, para as artes, quanto para as traquinagens da vida.
Mas o que me tocou mais foi o último parágrafo: “… Se a gente olhar bem uma orelha (…) verá que seu desenho se assemelha ao de um labirinto. Neste labirinto eu estaria perdido. E nunca mais sairia dele.“
UAU! Fiquei alguns segundos olhando para a crônica tentando voltar em órbita. No caso, quem teve esse pensamento foi o filho do açougueiro, que, a propósito, é quem narra a história.
Sim, nós nos perdemos tanto em meio a conflitos, a mentiras e trapaças. Quanto mais a gente inventa, mais a gente se perde e precisa se reinventar pra escapar de toda a cilada. Quem vive assim, para enganar, chega em um ponto que não tem mais jeito. E o que resta é criar outra mentira, outra história, por vezes ardilosa para conseguir se safar.
Para ler a crônica toda, só clicar no link: Delfos Digital – PUCRS
Na crônica, chegava a ser cômico ler que o açougueiro ficava horas procurando o ponto fraco de seu cobrador. Que passou grande parte de seu tempo estudando Van Gogh até ter uma ideia mirabolante.
A orelha de Van Gogh é certamente uma daquelas crônicas que faz a gente rolar de rir, mas que no final nos faz refletir.
Alguém já conhecia essa crônica de Moacyr Scliar? O que achou?
Vamos trocar novidades literárias.
Beijo no coração!!!
Klissia Lucas Nunes Mafra
Nossa! Me lembrou da infância, o livro que li na quarta série do Moacyr, O irmão que veio longe. Muito bom
Priscila
Aaaah que fofa 😊 cresci lendo esses livros. Esse que vc falou não conhecia, vou procurar
Bjs
Camila Faria
Muito bacana a ideia de resenhar crônicas, adorei a iniciativa! 🙂
Priscila
Ah obrigada! Gosto de crônicas desde nova 😊
Bjs
Simone Benvindo
Achei muito interessante e faz refletir sim, ele gastava o tempo dele inventando formas de se safar o que da para perceber que era inteligente e criativo, mas estava usando sua qualidades para atitudes ruins.
Priscila
Pois é, podia ter usado melhor a criatividade dele, não é?
Victor hugo Bento
Uma merda