Olá! Hoje vamos conversar sobre esse livro que há muito tempo ensaio para ler: QUARTO DE DESPEJO, de Carolina Maria de Jesus.
Quarto de despejo é uma obra autobiográfica, a própria autora escrevia em seu diário, quase todos os dias, tudo o que via na favela onde morava.

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Mas… tem um detalhe que a gentenão pode deixar passar: não estamos falando de uma escritora que começou do nada, mas sim de uma mulher, moradora da favela, mãe solo de três filhos, que vivia uma realidade muito dura e escrevia seus ocorridos, suas lutas e dores.
Sonhava em publicar e conseguiu, só assim se tornou uma escritora (que morreu pobre, sem receber o mérito pelo seu trabalho)
Conheça melhor sobre ela aqui:
Carolina era catodora, passava os dias juntando reciclagem para vender e comprar o mínimo para sua família. É uma história uito triste, em vários momentos seus filhos estavam com fome e ela mal tinha o que dar. Às vezes sentiam vontade de comer feijão, precisavam de sapato e até algum lazer extra, mas ela não tinha e precisava vender muito mais para conseguir.
Por vezes, pegava restos de comida no lixo, sentia-se mal, com culpa, medo de passar mal depois, mas era o que tinha.
Ela chamava a favela de Quarto de despejo, pois comparava São Paulo a uma casa, onde o centro era a sala de estar, cada canto da cidade um cômodo e onde morava era o quartinho que despejavam todas as coisas que não queriam (essa cena doeu muito).

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Carolina Maria de Jesus expôs inclusive a situação política da época, que é a mesma que a nossa, infelizmente nada mudou: candidatos visitam as periferias, dão presentinhos, prometem e, quando ganham, não cumprem em nada, simplesmente esquecem das pessoas (coisas que já sabemos).
Quarto de despejo m despertou uma série de sentimentos: angústia, revolta, necessidade de mudar o mundo.. vem aquele sentimento: “estou reclamando de que?”, mas não gosto disso, colocar essas histórias para nos ajudar a valorizar o que temos, se podemos fazer algo.
Fiquei muito mal em ler e saber que a história é real, ainda existe. Mas não pude deixar de admirar a Carolina, uma mulher forte, resiliente, não se envolvia em fofocas, brigas. Aliás pelo contrário, ela entrava para defender as pessoas inocentes, tirava mulheres do meio e até fez doação para quem precisasse como ela.
Quarto de despejo é uma obra necessária, importante para não deixar a gente esquecer do mundo real, da fome, do sofrimento. Saber que essas pessoas precisam de nós e essa realidade precisa mudar.
Dennis Mayert
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