Então, conheci minha irmã – Christine Hurley Deriso
Vamos conversar sobre esse livro?
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“Então, conheci minha irmã” conta a história de Summer, uma menina que, no seu aniversário de 17 anos ganha de sua tia o diário de sua irmã Shannon, que faleceu antes dela nascer.
Na verdade, Shannon sempre foi filha única, uma menina superestimada pela família, a boa menina, sempre com boas notas, ganhadora de prêmios, destaque e muito boa em tudo que fazia.
Quando morre em um acidente de carro, obviamente seus pais ficam arrasados e decidem engravidar novamente e recomeçar a vida. Assim nasce a Summer.
Porém, a nossa protagonista também foi superestimada e conduzida para ser a cópia de sua irmã, o que nunca aconteceu na realidade.
Summer era o oposto de Shannon. Era rebelde, tirava notas baixas e sempre estava envolvida em alguma enrascada.
Quando abre o diário de sua irmã e começa a ler, é surpreendida pela grande verdade: ela não era bem tudo aquilo que as pessoas achavam.
Summer era uma adolescente normal, cheia de medos, conflitos, desejos e aprontava às escondidas. Ela se sentia sufocada pela mãe narcisista, com uma necessidade imensa de colocar para fora e, nos seus últimos meses de vida, estava quase surtando por manter demais tamanha perfeição.
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O que eu achei?
Bem, achei “Então, conheci minha irmã” uma história necessária. Aborda, de forma leve, assuntos tão cotidianos, que a gente consegue se identificar. E me ganha o coração por tratar de depressão na adolescência.
A trama gira em torno da leitura do diário de Shannon e Summer sente próxima e que, finalmente, conheceu mesmo sua irmã de verdade e lamenta não a ter conhecido pessoalmente. Começa a se envolver pela história e vai atrás das pessoas que conviveram com ela para saber mais.
E tudo sempre com seu melhor amigo, que a apoia, mas eu, Priscila, achei o rapaz um tanto quanto chato, aquela pessoa que, para ajudar, se mete demais na vida alheia, dita regras sobre o que tem que fazer e era politicamente correto demais. Não gostei do menino #sorry
A família bem a cara de propaganda de margarina, mas era tudo com muito custo e muita maquiagem. Como que a necessidade de ser perfeita estragou a coitada da Shannon e sufocava a Summer também
Mas, principalmente, por me fazer uma viagem interna e repensar sobre como superestimamos as pessoas por serem perfeitas demais, sempre lindas, sorridentes e zero defeitos. Só que isso não existe, ninguém é perfeito e é feliz o tempo todo. E como essa crença nos cega para a realidade, de que às vezes a pessoa está passando por problemas e ninguém se preocupa em saber.
O que não curti?
Bem, o final. Achei que ficou vago, sem muitas respostas, sem um fechamento, principalmente do arco da mãe. Foi como se tudo estivesse bem, ok ser narcisista e vida que segue.
Entendi o objetivo, que a nossa vida é um sopro, hoje estamos aqui, amanhã não mais. Mas, para uma narrativa, não achei legal. Mas minha opinião.
Quer mais um pouquinho? Tem vídeo no canal:
https://www.youtube.com/watch?v=HNH2lBJISAw
Beijos no coração!!
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