A gorda e volta por cima foi escrito em 1985, por Carlos Heitor Cony.
Conta a historia de Gilmara, terceira filha de uma família de classe media.Suas irmãs (Maria do Carmo e Maria de Lurdes) são magras, bonitas e populares. E ela não. Por exemplo: seu nome é masculino feminilizado, é gorda e, por isso, infelizmente, ninguém gostava de brincar com ela.
Desde pequena, sua vida foi marcada com bullying e angústias:
- Não tinha amigos, era alvo de chacota pela sua gordura.
- Era exemplo do que não era para ser (se continuar assim vai ficar igual a Gilmara/ Quer ficar igual a Gilmara?)
- Suas irmãs implicavam com ela
- Precisou usar óculos por conta de uma brincadeira sem graça da irmã
- Seus pais a tratavam mal
- Era motivo de vergonha para a família.
- Piadas sem graça
- Depressão
- Vontade louca de emagrecer, ser bonita, mas sua família achava um caso perdido.
Durante a leitura, Carlos Heitor Cony narra vários acontecimentos ofensivos em sua infância, tanto pela família (que era bem nojentinha) e colegas. Tudo por ser gorda, ser a feia da família.
Enfim, a grande virada da história foi quando ela resolveu emagrecer por conta própria e sair para correr no calçadão da praia.
O motivo foi uma decepção muito grande (para saber, só lendo o livro) que ela passa na escola. Não quer mais ir estudar, surta e toma essa decisão que, na minha opinião, foi bem radical.
E, assim, ela descobre que tinha conquistado o coração de Tetel, um menino bonito, rico e popular. Foi bem difícil no início, mas depois ela acaba abrindo espaço para conhecê-lo melhor.
O livro é ótimo para conversar sobre gordofobia e autoaceitação. É marcado por alguns close-errado, porém a gente dá um desconto pela época que foi escrito. Até porque ficou como um motivo para debate.
Pensando nisso, resolvi gravar um vídeo com um bate-papo sobre o assunto. Assista, deixa seu comentário sobre o que você pensa sobre o assunto e compartilhe com os amigxs que precisem do conteúdo.
Beijos no coração!!
Clayci Oliveira
Enquanto lia a sua resenha estava pensando mesmo nas argumentações erradas que a trama pode conter devido a época. Mas achei interessante o fato da gordofobia ter sido exposta na obra. Não sei se recomendaria essa leitura para a geração atual, pq por mais que eu tenha maturidade de separar o período com a mensagem principal, é capaz de levaram ao pé da letra., Mesmo assim quero ler e conhecer, gostei da sua resenha
http://www.saidaminhalente.com
Priscila
É delicado e concordo com vc. Mas acho que com orientação e mais leitura é possível separar, até pq acho que eles tem um entendimento bem diferente do que a gente tinha na idade, talvez até questionariam.
Leia o livro sim.
Bjos
Ana Paula Lima
Oii!
Entendo toda a problematização que pode ter na obra. Confesso que me irritou um pouco esse negócio de ter de emagrecer para se encaixar, mas eu entendo a época, mas não aceito, rs…
Acho que existem livros que envelhecem muito mal e dai eu não faço tanta questão de conhecer, mas gostei de ver seu ponto de vista.
Beijinhos,
Ani
http://www.entrechocolatesmusicas.com.br
Priscila
Sim, alguns envelhecem mal, mas acho legal discutir. Gostei do seu ponto também.
Bjos
Motivação Literária
Que leitura sensacional, me identifiquei de cara, adorei conhecer um pouco mais do livro, eu sofri esse tipo de coisa minha vida inteira por ser gorda então entendo perfeitamente a situação que Gilmara viveu!
Priscila
Tb gosto de me encontrar na história
Bjs
Ivy Montiel
OIieee
Para entender o livro é fundamental entender que foi escrito em uma época diferente, que se discutia o tema diferente, então daí a solução foi ela tomar essa decisão radical e emagrecer. Achei bem interessante o debate que acaba gerando em torno da gordofobia e o preconceito que se sofre (isso até hoje). Eu quero ler qualquer dia, acho interessante e de certa forma me identifico com a personagem. Eu não era gordinha na infância, mas engordei muito depois de duas gestações e enfrentei preconceito, principalmente por ter “relaxado” como as pessoas diziam. É complicado.
Priscila
Essa coisa de parecer relaxada é tensa, engordar com idade é normal e faz parte do metabolismo
Bjs
Kênia Cândido
Oi Priscila.
Eu não conhecia este livro e achei bem interessante como a gordofobia foi exposta na obra. Eu não era gorda na infância e adolescência, mas engordei na fase adulta. Vou adicionar na lista de desejados para conhecer a escrita da autor. Obrigada pela dica.
Bjos
Priscila
Bem normal a gente engordar com idade né!
Bjs
Alisson Gomes
Oi Priscila!!
Eu não conhecia a obra e nem conhecia o autor, bom foi interessante o fato da gordofobia ser tratada na obra, mas, quando percebi que a volta por cima foi ela tomar a decisão de emagrecer a história perdeu a graça, eu não sou muito bom em separar a obra do tempo em que foi escrita, para mim o autor continua sendo gordofobico não importa se hoje ou no tempo dele. Acredito na logica de que se existia gente que era contra esse tipo de atitude naquele tempo o autor também poderia ser, então não separo obra/autor por época.
Beijos!
Eita Já Li
Priscila
Interessante seu ponto de vista. Gosto de separar e analisar as questões e evolução do pensamento
Aline Coelho
Nossa que interessante, não conhecia o livro mas já adorei a dica.
E com certeza, concordo com vc sobre os pontos que vc citou referentes ao pensamento da época em que ele foi escrito e lançado devem ser levada em consideração sim.
Enfim parabéns pela leitura e resenha, ficou ótimo.
Priscila
Obrigada pelo retorno, achei importante pontuar esses itens
Dayhara Ribeiro Martins
Olá, tudo bem? Acho que esse tipo de leitura é bacana principalmente pra gente avaliar o contexto da época e perceber como as coisas mudaram (ainda bem) é uma obra que eu leria, com certeza, mas com um olhar bastante crítico, principalmente porque existem coisas aí que eu definitivamente não vou de acordo.